Casa das Caldeiras nomeada para Mies van der Rohe 2011

A Casa das Caldeiras, em Coimbra, é uma das nomeadas para o Prémio de Arquitectura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe 2011, distinção que vem “reconhecer e elogiar a excelência no campo da arquitectura e chamar a atenção para a importante contribuição dos profissionais europeus no desenvolvimento de novos conceitos e tecnologias”. O projecto de reconstrução e ampliação da Casa das Caldeiras é assinado por João Mendes Ribeiro e Cristina Guedes e a obra ficou a cargo da empresa Arlindo Correia & Filhos S.A..

A actual sede do Curso de Estudos Artísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, na Rua Padre António Vieira, em Coimbra, nasceu da antiga Casa das Caldeiras, edifício que foi em tempos a antiga central térmica dos Hospitais da Universidade. A reconversão daquele património foi inaugurada em Março de 2009 e acolheu desde então o Centro de Artes Visuais, antes de se tornar a casa-sede do ensino dos Estudos Artísticos na cidade dos estudantes.

No anterior edifício conservaram-se duas das antigas caldeiras com interesse arqueológico e que pela sua dimensão e relação com a cobertura fazem parte integrante do edifício. A nova obra teve por base o volume existente da sala de carvão, tirando partido das características deste espaço, e resulta num paralelepípedo colocado na vertical – sensivelmente da altura da chaminé existente e com o comprimento igual à largura do edifício das Caldeiras.

Uma das principais exigências da obra de reconversão foi o critério da “transparência entre o existente e o novo, entre o passado e o presente” e, de acordo com os responsáveis pela empreitada, “o objectivo foi alcançado com sucesso”.

“Acreditamos que esta nomeação é um novo reconhecimento do projecto desenvolvido pelos arquitectos Cristina Guedes e João Mendes Ribeiro, com os quais tivemos o privilégio de trabalhar em equipa”, afirma fonte da Arlindo Correia & Filhos S.A., em comunicado de imprensa. “Esta foi uma empreitada singular, um desafio, dado o especial e reconhecido interesse histórico e arquitetónico, nomeadamente no campo da arqueologia industrial deste edifício construído durante o período da 2ª. Guerra Mundial”, acrescenta.

O prémio Mies van der Rohe é uma iniciativa conjunta da Comissão Europeia e da Fundação Mies van der Rohe e tem como principal objectivo “reconhecer e elogiar a excelência no campo da arquitetura e chamar a atenção para a importante contribuição dos profissionais europeus no desenvolvimento de novos conceitos e tecnologias”. É entregue de dois em dois e inclui um cheque de 60 mil euros (20 mil euros em caso de menção honrosa) e um troféu que evoca o Pavilhão de Barcelona desenhado pelo arquitecto alemão que dá nome ao prémio.

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