Exercício 2: Enunciado [Atelier Integrado]

Exercício 2: Projecto Requalificação de área urbana em Coimbra

Duração
1º Semestre do Ano Lectivo 09/10
Destinatários
Atelier Integrado [Arquitectura VII, Arquitectura Paisagista]
Tipo
Grupo / Individual
Data de Entrega Provisória
17 de Dezembro 2009
Data de Entrega Definitiva
5 de Janeiro de 2010

1. Descrição

Numa primeira fase os alunos desenvolverão um trabalho conjunto de análise da área de intervenção, em Coimbra (delimitada pela ponte Velha, a Norte, e pela Ponte Nova, a Sul, e que inclui ambas as margens do Mondego), definindo um programa e zonamento com base nos princípios da ecologia urbana e sustentabilidade económica, social e ambiental. Devem ser cumpridos todos os pontos apontados no programa de trabalho.

Numa segunda fase os alunos desenvolverão trabalhos individuais

Numa terceira fase constituir-se-ão grupos de dois alunos, um do curso de arquitectura paisagista, e outro do curso arquitectura, em estreita colaboração num projecto comum. O aluno de arquitectura paisagista deverá apresentar no final do exercício um estudo prévio de projecto de arquitectura paisagista para a área total em estudo, definida no seguimento da primeira fase. O resultado final deverá evidenciar de um trabalho interdisciplinar entre os dois alunos, em que a ideia de Convento, e espaço exterior e/ou Jardim conventual, se trate de forma integrada. A escala de trabalho será definida no decorrer do trabalho. Deverão ser cumpridos todos os pontos apontados no programa.

O Aluno deverá apresentar no final do exercício um projecto ao nível de um Estudo Prévio (esc.1/200) para um Convento, integrado na área de intervenção [em Coimbra, delimitada pela ponte Velha, a Norte, e pela Ponte Nova, a Sul, e que inclui ambas as margens do Mondego}.
O projecto será desenvolvido a título individual, devendo no entanto o Aluno trabalhar em parceria com os colegas dos Atelier V [arquitectura] e Atelier VII [Arquitectura Paisagista]; estes últimos em estreita colaboração num projecto comum.
Previamente será estabelecido por toda a turma um Plano Geral de Intervenção e Zonamento, que obrigará ao cumprimento dos requisitos funcionais, programáticos e paisagísticos aí definidos.
Este Plano Geral deverá ser definido à esc. 1/1000 ou 1/2000 por todos os Alunos, colectivamente, devendo no entanto ser posteriormente explorado de grupos de trabalho de 2 pessoas [um Aluno de Arquitectura e um Aluno de Paisagismo, por princípio].
Cada um destes grupos será responsável por delinear uma estratégia de zonamento e de ocupação de parte da área anteriormente definida, de modo a conter o Convento e espaços envolventes. [esc. 1/500]
A partir da definição do Plano Geral de Intervenção a cada aluno caberá desenvolver o Projecto, a desenvolver obrigatoriamente à esc. 1/200.

Para além da organização funcional e tipológica, exige-se ao aluno a definição arquitectónica e construtiva capaz de informar as soluções gerais de projecto, qualificando-o material e espacialmente.

Na segunda metade do Semestre será introduzida a Cadeira de Tecnologias, que irá abordar o projecto, avaliando-o do ponto de vista dos seus aspectos materiais e construtivos.

2. Metodologia

Quinzenalmente serão feitos Pontos de Situação do trabalho, com apresentações orais seguidas de debates, que deverão ser acompanhados por todo o corpo discente.
Cada aluno será não apenas responsável pelo desenvolvimento e apresentação do seu Projecto, como também pelo seu parceiro de projecto.

3. Desenvolvimento dos Trabalhos

O Aluno deverá adequar o desenvolvimento dos trabalhos de modo a cumprir os objectivos delineados na Calendarização Geral; de modo a possibilitar a possibilitar a discussão de pontos comuns a todo o corpo discente nas datas previstas.

4. Calendarização dos Trabalhos

Análise da área de intervenção e levantamento das suas principais características; com apresentação de desenhos de análise, colagens, referências, e outros (trabalho colectivo, com proposta única para os Ateliers V e VII, até 17/09/09). Desta entrega resultará uma maqueta única, de conjunto, construída por todos os Alunos da Turma [Atelier V e VII – Arquitectura, e Arquitectura Paisagista].
Material a entregar [17/09/09]: Maqueta [colectiva]

Definição de uma estrutura organizativa para a área de Intervenção, com apresentação de Peças Desenhadas (esc. 1/5000, 1/2000, 1/1000), maquetas, colagens, fotografias aéreas, etc. o desenho final do parque será apresentado à esc. 1/1000 ou 1/2000, apoiado por uma Maqueta (trabalho de grupo, com apresentação do uma proposta por Grupo de Trabalho, até 13/10/09).
Material a Entregar [13/10/09]: Maquete [colectiva]; Desenhos [individual].

Definição de um Modelo de Desenvolvimento do Projecto e/ou Conceito de Intervenção; com apresentação Livre (trabalhos individuais, com apresentação de uma proposta por Aluno, até 22/10/09). Nessa data dever-se-á definir do mesmo modo a implantação do(s) edifícios.
Material a Entregar [22/10/09]:
Arquitectura: Maquete de edifício [para introduzir em Maqueta colectiva 1/1000] e Maquete de Implantação 1/500; Paineis A1 [máximo 2] por Aluno, com conceito de intervenção e organização geral dos programa.
Paisagismo: Maqueta do território [para introduzir em Maqueta Colectiva 1/1000]; Paneis A1 [máximo 2] por Aluno, com conceito de intervenção e organização geral proposta.

Desenvolvimento do Projecto, através de suportes desenhados à esc. 1/500 e 1/200, bom como modelos tridimensionais em computador, maquetas, ou outros meios considerados adequados (trabalhos individuais, com apresentações na Entrega de Meio de Semestre [10/11/09].
Esta entrega será feita através de Maquetes e elementos gráficos necessários à boa compreensão do projecto; sendo avaliadas por um júri do qual farão parte docentes externos ao Atelier.
Esta entrega será alvo de avaliação oficial.

Desenvolvimento do Projecto à esc. 1/200, com informação respeitante a aspectos construtivos e materiais. Esta fase contará com a presença de docentes de tecnologias, que avaliarão as matérias correspondentes. O desenvolvimento do trabalho decorrerá até 17/12/09, coincidente com a entrega provisória.

Apresentação Provisória do Projecto, através de peças Desenhadas rigorosas à esc. 1/200, com apoio de Maquetas de estudo e outros elementos considerados necessários pelo aluno (trabalho individual, com apresentação de uma proposta por Aluno a 17/12/09); e

Apresentação Final do Projecto, através de peças desenhadas rigorosas, á esc. 1/200 (plantas, cortes, alçados) e uma área de projecto á esc. 1/100, incluído maqueta final rigorosa á esc. 1/200, modelos tridimensionais, memória descritiva e justificativa da solução e respectivo quadro de áreas (trabalho individual, com apresentação de uma proposta por Aluno a 5/1/09).

5. Material

O Aluno deverá munir-se do material que considere mais adequado para o desenvolvimento e apresentação de todas as fases do exercício.
Refira-se no entanto que, para a apresentação e discussão semanal do Projecto (ver Pontos de Situação em Calendário Geral do Semestre), o Aluno deverá usar unicamente folhas normalizadas formato A1, em vegetal e/ou em papel opaco, em cartaz a afixar nas paredes.
Serão aceites desenhos, colagens, fotomontagens, etc.; bem como modelos tridimensionais (maquetas) que ajudem à discussão dos projectos.
Todos os documentos escritos deverão ser redigidos em computador.

6. Avaliação

A avaliação é contínua, baseada nos Pontos de Situação e Entregas definidos; sendo o aluno avaliado não apenas pela qualidade do seu projecto, mas também pela forma de acompanhamento do seu colega e pela forma que analisa e critica trabalhos de outros colegas.
A avaliação final será feita ainda com base no acompanhamento do Processo de Projecto, bem como pelas peças da Entrega Final.

7. Programa Funcional

1ª fase

Complemento do levantamento e execução de maqueta de estudo da área de intervenção.
Análise territorial, incluindo análise biofísica, com particular relevo nas questões de morfologia (identificando quais os principais processos ecológicos que dela directamente dela decorrem), geologia, solos, circulação do ar e da água, exposição solar e insolação, elementos vegetais, incluindo as árvores notáveis e maciços de vegetação, fauna, , infraestruturas viárias, de energia e saneamento, situações de contaminação e/ou desconforto humano (ruído, poluição, congestionamento do tráfego, etc) e outros dados complementares que se verifiquem relevantes.

2ª fase [ARQ. PAISAGISTA]

Definição de um programa de espaços exteriores, delineando uma concepção geral do espaço, e definindo elementos específicos que caracterizem o novo espaço, em coerência com o projecto de arquitectura, valorizando a área em termos estéticos e microclimáticos, e em termos funcionais e sociais [ate 10-11-09]

2ª fase [ARQ. ]

Pretende-se obter um projecto de um Convento, a implantar na área de intervenção pré-definida, devendo integrar-se no seu contexto urbano e paisagístico.
O projecto do convento incluirá dois tipos de áreas distintas: espaços de acesso público, que incluem a Igreja, a Sala de Conferências, parte da Biblioteca [com acesso restrito] e parte dos seus espaços exteriores; e espaços de uso restrito, que abrangem a maior parte da área prevista, destinados a uso exclusivo das Freiras.

O Programa Funcional do edifício é o seguinte:

7.1 Igreja Conventual [600 m2]
A igreja será de acesso público; devendo no entanto prever-se uma área fisicamente separada do Salão, com ligação visual e auditiva para o altar, e ligada ao circuito interno do Convento. O objectivo é que o público e as Freiras possam assistir às homilias em simultâneo, sem que a presença destas últimas seja sentida.
Deverá ainda inclui-se na área prevista um Coro, o Púlpito, área de Confessionário, a Sacristia e a Sala do Pároco.

7.2 Sala de Conferências [200 m2]
Com acesso directo pelo exterior [público] e pelo interior [Freiras].

7.3 Sala do Capítulo [200m2]

7.4. Refeitório [300 m2]
Ligação directa à Cozinha.

7.5 Cozinhas [200 m2]
Deverá prever a existência de locais separados para preparação, confecção e distribuição de alimentos, áreas de lavagens, lixos, copa, armazéns frigoríficos e despensa. Ligação directa ao Refeitório.

7.6 Biblioteca [400 m2]
Ligada ao circuito interno do Convento, a Biblioteca deverá prever um acesso restrito ao público [investigadores, estudantes, etc.]
Deverá prever-se zona de consulta, gabinetes de trabalho individual [6 unidades], e gabinete do bibliotecário.

7.7 Escritório [30 m2]
Em zona próxima da Biblioteca

7.8 Átrio [área a definir, conforme proposta]
A entrada principal do Convento deverá incluir uma zona de Parlatório [2 unidades], que separe as Freiras dos visitantes; permitindo ainda assim contacto auditivo e visual.

7.10 Enfermaria [30 m2]
Junto à área de Celas.

7.11 Celas individuais [12 m2, 50 unidades]
Incluem área de repouso e zona de trabalho. A área de Celas deverá ser apoiada por zona de Banhos comuns, e por Instalações Sanitárias

7.12 Celas para Estudantes [15 m2, duplas, 20 unidades]
Incluem área de repouso e zona de trabalho. A área de Celas deverá ser apoiada por zona de Banhos comuns, e por Instalações Sanitárias.

7.13 Aposentos Mestre Geral [40 m2]
Deverá ser dividida em: zona de repouso, sala de estar / trabalho, copa, casa de banho

7.14 Aposentos de visitantes [15 m2, 4 unidades]
Cada quarto deverá ser servida por Casa de Banho própria. As 4 unidades deverão ainda partilhar uma Sala de Estar [25 m2], e ter acesso directo ao exterior e/ou ao Átrio

7.15 Sala Comum [100 m2]
Próxima das Celas

7.16 Sala Comum para Estudantes [50 m2]
Próxima das Celas para Estudantes

7.17 Sala de Aulas [75 m2, 5 unidades]

7.18 Retiro [40 m2]
Espaço destacado do convento, composto por uma Sala / Quarto, Casa de Banho e Copa de Apoio

7.19 Capela Mortuária [125 m2]
Composto por pequena Capela, por Sala de Apoio [com ligação directa ao exterior] e Instalações Sanitárias de Serviço.

7.20 Recepção [35 m2]
Sala de recepção de público. Em proximidade com o Átrio e Entrada Principal.

3ª Fase [Arquitectura e Arquitectura Paisagista]

Desenvolvimento dos respectivos projectos individuais, com constituição de grupos de 2 alunos [1 de arquitectura + 1 de arquitectura paisagista]; devendo no final ser apresentado apenas um projecto comum para o Convento.
Note-se que o Convento deverá ser apoiado por espaços exteriores. Os espaços exteriores de serviço ao convento deverão estar recolhidos em relação ao exterior.
O aluno poderá ainda propor a inclusão de espaços exteriores funcionais que julgue adequados à solução por si preconizada.
Como ideia de fundo, o projecto do Convento [e dos respectivo projecto de arquitectura paisagista] deverá incluir uma ligação entre ambas as margens do Rio, procurando tirar proveito dessa localização.

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